Quem vencerá a guerra entre mídias sociais e mídias tradicionais
Recentemente assisti uma palestra onde um jornalista, afirmava que
toda mídia é social. Em seguida, o segundo palestrante, este um
especialista em web, concordava com a afirmação. Respeito a opinião de
ambos, e entendo, principalmente por parte do jornalista esta afirmação,
afinal, ele é formado em "Comunicação Social", e teoricamente sua
definição está correta.
Porém, na internet existe um outro sentido para o termo "social", e é isso que distingue as mídias tradicionais das mídias sociais.
Social, neste caso, refere-se a possibilidade de qualquer indivíduo
criar sua própria mídia, o que não é possível fora da web. Também está
relacionado a possibilidade de interatividade entre a mídia e o usuário,
que pode comentar, participar das discussões e até mesmo publicar seu
próprio conteúdo. Existe um esforço das mídias tradicionais (Rádio, TV,
jornais e revistas), para gerar esta interatividade e participação de
seus usuários, mas é nesse momento que novamente entra a internet, pois
geralmente esta interação é estimulada através de e-mail, twitter e
facebook, ou por telefone e mensagens de texto, ou seja, utilizando
outras mídias.
Há alguns anos a televisão, está passando por uma transição, mudando
sua transmissão para o modelo "digital". Isso permite uma maior
interatividade, porém, ainda assim não a transforma em uma "mídia social"
no mesmo sentido que temos na web, pois a comunicação continua sendo
unilateral e exclusiva da emissora, que determina a linha editorial, o
conteúdo veiculado e não permite, e com razão, a publicação de conteúdos
de terceiros, apenas uma pequena interatividade com seus
telespectadores.
Entre as mídias tradicionais, ou mídias de massa como também são
conhecidas, a rádio e a TV se beneficiaram com o crescimento da
internet, e continuam sendo as maiores mídias em números absolutos de
usuários, ainda ganhando da internet. Porém, já vemos uma convergência
acontecendo, além do aparecimento de novos canais de TV on-line assim
como novas rádios on-line. O próprio Youtube, há alguns dias anunciou
que terá canais temáticos, com apresentadores e programação definida.
Já os jornais impressos e revistas tem passado pela maior crise e por
conseqüência, maior transformação de suas histórias. Muitos jornais
centenários já fecharam as portas físicas em todo o mundo, e convergiram
para a web. O mesmo está acontecendo com revistas, que dia-a-dia
diminuem suas tiragens e perdem anunciantes.
Eu acredito que o jornalismo nunca vai acabar, só tende a ficar cada
vez mais forte e mais importante para a sociedade, mas os veículos de
comunicação mudaram, e é inevitável que com novas gerações cada vez mais
conectadas, o papel tenha menos espaço na sociedade da informação e a
convergência para a web seja a salvação para os veículos tradicionais de
comunicação. O mesmo acontecerá com rádio e TV, que continuarão
existindo, mas não mais sendo transmitidos pelos aparelhos que
utilizamos durante maior parte de nossas vidas.
via: GestordeMarketing
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